Produção de café pode ser prejudicada com a Reforma Tributária proposta
- Josué Amador
- 7 de set. de 2020
- 2 min de leitura

O presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, declarou que a instituição que ele representa, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, está buscando meios de diminuir os efeitos negativos que uma possível reforma tributária pode gerar para o agronegócio, caso seja aprovada com os textos atuais. A cafeicultura seria uma das mais prejudicadas, segundo informou no boletim semanal da entidade.
Se os textos atuais forem aprovados, toda a cadeia produtiva será afetada, desde os fornecedores de insumos aos consumidores finais, passando pelos agricultores. Segundo Brasileiro, a PEC 45, da Câmara; a PEC 110, do Senado; e o Projeto de Lei 3.887, do Governo Federal’ têm potencial para aumentar os ‘impostos que o agro já paga, inclusive o café’, mas primeira dessas elencadas traz mais preocupação no momento,
"Se a PEC 45 for aprovada como está, ela representará um aumento superior a 20% nos custos de produção da cafeicultura na maior parte do cinturão produtor. A elevação da carga tributária também exigirá mais capital de custeio e implicará perda da rentabilidade. Não podemos tornar o café e o agro, setor que equilibra e sustenta a balança comercial do Brasil nos últimos anos, impraticáveis", disse Brasileiro.
O presidente da CNC se mostra favorável à reforma tributária, mas acredita que ela precisa ser acompanhada de melhorias para produtores rurais, agricultores familiares e demais agentes envolvidos na cadeia do agronegócio. Ele ainda considera importante que cafeicultores e cooperativas se comuniquem com seus respectivos representantes no Congresso Nacional, alertando que essas propostas de reforma tributária atravancam o agronegócio como um todo.
O boletim completo pode ser lido no site da Confederação Nacional do Café.
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